Parte I – Sobre proponente e co-proponente

  • Proponente

    Nome: Rede de Comunicadores Indígenas do Rio Negro (Rede Wayuri)

    Estado: Amazonas

    Região: Norte

    Setor: Terceiro Setor

Parte II - Sobre o Workshop

  • Resumo do workshop

    O workshop "Teias de Conexão" aborda a relação entre conectividade, comunicação e autonomia das comunidades indígenas do Rio Negro, destacando o papel da internet no empoderamento e na preservação cultural. Baseado na ideia de que a conectividade é um direito humano, o evento explora como o acesso à internet pode transformar realidades sociais e econômicas, indo além de uma questão técnica.

    OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP

    O workshop "Teias de Conexão" propõe uma discussão aprofundada sobre os impactos da conectividade digital nas comunidades indígenas do Brasil, com foco nas populações do Rio Negro. A proposta parte do princípio de que o acesso à internet vai além de uma questão técnica, sendo um direito humano fundamental que pode promover autonomia, preservação cultural e desenvolvimento sustentável. Serão analisados cinco eixos principais: 1. Estado Atual da Conectividade: A análise trará dados sobre o acesso à internet nas comunidades indígenas, destacando as barreiras como infraestrutura precária, falta de formação técnica e ausência de políticas públicas adequadas. Esse tópico busca entender as condições reais de conectividade e os esforços necessários para garantir acesso equitativo. 2. Impacto na Comunicação Indígena: Discutiremos como a internet fortalece a comunicação interna e a articulação política das comunidades, permitindo a troca de saberes tradicionais e facilitando o engajamento com movimentos sociais e ONGs. Exemplos como a Rede Wayuri ilustram o potencial da conectividade para a organização e fortalecimento das narrativas indígenas. 3. Preservação Cultural e Educação: O uso de plataformas digitais para registrar línguas e tradições será abordado como uma ferramenta de preservação cultural. Além disso, o papel da internet na criação de conteúdos educativos que promovam a cultura indígena e na valorização do conhecimento ancestral será explorado. 4. Governança da Internet: O debate sobre políticas públicas de governança da internet será fundamental para garantir que as necessidades e realidades das comunidades indígenas sejam incluídas nas discussões sobre inclusão digital, proteção de dados e participação nas esferas de decisão.

    RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET

    A relevância do tema "Conectividade nas Comunidades Indígenas" para a governança da internet no Brasil é fundamental e multifacetada, exigindo uma abordagem inclusiva nas políticas digitais. O acesso à internet é uma ferramenta vital para comunicação, educação e desenvolvimento econômico, especialmente para as comunidades indígenas, onde sua inclusão é uma condição essencial para promover direitos humanos e justiça social. Garantir esse acesso vai além da questão técnica; trata-se de respeitar e valorizar as identidades e saberes tradicionais dessas comunidades. A conectividade não apenas assegura autonomia e autodeterminação, mas também oferece oportunidades para que as comunidades indígenas participem ativamente nas decisões políticas que impactam suas vidas. No entanto, a falta de representação nas esferas de decisão pode resultar em políticas que não atendem às suas necessidades. Portanto, é crucial que a governança da internet leve em conta as vozes indígenas, garantindo que suas demandas sejam ouvidas e consideradas nas agendas políticas. Entretanto, desafios como a desigualdade de acesso e a precariedade da infraestrutura devem ser enfrentados. Para superar essas barreiras, é essencial que as políticas priorizem a ampliação do acesso à internet em áreas remotas, além de investir em infraestrutura adequada e capacitação técnica. Em suma, a criação de um ambiente digital que promova a equidade e respeite a diversidade cultural permitirá que as comunidades indígenas se tornem protagonistas em um mundo cada vez mais conectado, contribuindo para um futuro mais justo e inclusivo para todos.

    FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA

    A metodologia multissetorial proposta para o workshop "Teias de Conexão" será estruturada para integrar diversas áreas de conhecimento e práticas, refletindo a complexidade da questão da conectividade nas comunidades indígenas. O painel será composto por especialistas e experiências que trarão percepções sobre o estado atual da conectividade e suas implicações. O debate será aberto entre líderes indígenas e acadêmicos, facilitando a troca de experiências e a articulação de saberes. Essa metodologia busca não apenas transmitir conhecimento, mas também fomentar a co-criação de soluções, garantindo que as vozes das comunidades indígenas sejam centrais na construção de propostas de conectividade e governança da internet que atendam suas necessidades e realidades específicas.

    FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA

    Para o workshop "Teias de Conexão", as formas de engajamento da audiência, tanto presencial quanto remota, serão planejadas para criar um ambiente interativo e inclusivo. A mesa de debate será organizado para ter sessões de perguntas e respostas, incentivando a participação ativa dos participantes. A utilização de tecnologias como aplicativos de transmissão ao vivo permitirá que o público remoto expresse suas opiniões e contribuam para as discussões em tempo real. Além disso, materiais e gravações das sessões serão disponibilizados após o evento, permitindo que a audiência tenha acesso contínuo ao conteúdo e possa participar de futuras interações, promovendo um engajamento sustentável que vá além do workshop. Essas estratégias visam criar um espaço colaborativo e acessível, essencial para a inclusão de todas as vozes nas discussões sobre conectividade nas comunidades indígenas.

    RESULTADOS PRETENDIDOS

    Os resultados esperados do workshop "Teias de Conexão" incluem a elaboração de um diagnóstico abrangente sobre o estado atual da conectividade nas comunidades indígenas, identificando barreiras e oportunidades. A partir desse diagnóstico, serão desenvolvidas propostas práticas e adaptadas para melhorar o acesso à internet, respeitando as especificidades culturais dessas comunidades. O workshop também visa estabelecer redes de colaboração entre líderes indígenas, acadêmicos e formuladores de políticas, promovendo o intercâmbio de experiências. Além disso, será criado um plano de capacitação técnica para empoderar os participantes no uso eficaz da internet. Materiais como guias e vídeos serão produzidos para disseminar os conhecimentos adquiridos, e recomendações direcionadas a formuladores de políticas serão geradas para garantir a inclusão das comunidades indígenas nas discussões sobre governança da internet. Por fim, um plano de monitoramento e avaliação será proposto para acompanha

    RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO

    Universalidade

    TEMAS DO WORKSHOP

    DINC – Povos originários e tradicionais | IACO – Acesso e conectividade | IACO – Redes comunitárias |

    ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE

    Cor ou raça | Região |

    COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE

    A proposta do workshop "Teias de Conexão" abordará a diversidade de maneira abrangente, tanto em seus conteúdos quanto na composição de seus participantes. Em termos de conteúdo, o workshop incluirá temas que refletem a pluralidade cultural das comunidades indígenas, discutindo as especificidades de diferentes grupos, suas línguas, tradições e formas de organização social. Além disso, serão apresentados estudos de caso que exemplificam a diversidade de experiências na utilização da internet para a comunicação, preservação cultural e desenvolvimento sustentável. Quanto à composição dos integrantes, o workshop contará com a participação de líderes indígenas, especialistas em tecnologia, acadêmicos e representantes de organizações da sociedade civil, assegurando uma variedade de perspectivas e experiências. Essa diversidade permitirá um debate mais rico e inclusivo, promovendo um espaço onde diferentes vozes sejam ouvidas e respeitadas, essencial para a construção de políticas digitais