Parte I – Sobre proponente e co-proponente

  • Proponente

    Nome: Milena Cramar Londero

    Estado: Paraná

    Região: Sul

    Setor: Comunidade Científica e Tecnológica

  • Co-proponente

    Nome: Tâmara Caroline Almeida Terso

    Estado: Bahia

    Região: Nordeste

    Setor: Terceiro Setor

Parte II - Sobre o Workshop

  • Resumo do workshop

    O painel explora como comunidades locais podem desenvolver tecnologias próprias para promover conectividade significativa, autonomia digital e preservação cultural. Foca em iniciativas que articulam saberes locais, direitos digitais e inclusão tecnológica; ampliando o acesso à internet e outras tecnologias de forma colaborativa e sustentável. A proposta é fortalecer a soberania digital e autonomia das comunidades, evitando uma inclusão digital verticalizada.

    OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP

    O painel tem como principais objetivos: - Explorar o conceito de conectividade significativa, destacando sua importância para a inclusão digital de comunidades marginalizadas, tanto em áreas urbanas quanto rurais. - Apresentar exemplos práticos de redes comunitárias que desenvolvem tecnologias locais para fortalecer a autonomia digital, preservação cultural e a resiliência de seus territórios. - Debater o papel das tecnologias comunitárias na promoção da soberania digital, preservação dos saberes tradicionais e fortalecimento econômico das comunidades. - Analisar políticas públicas de inclusão digital, ressaltando os desafios e oportunidades para promover conectividade inclusiva e acessível para todos os grupos sociais e regiões do país. - Propor modelos alternativos à inclusão digital tradicional, centrados em práticas horizontais e colaborativas que incentivem a participação ativa das comunidades na construção de soluções tecnológicas. O conteúdo será estruturado com base em estudos de caso, destacando projetos que desenvolvem soluções tecnológicas autônomas e sustentáveis para redes comunitárias. Serão apresentados também exemplos de políticas públicas eficazes e os desafios enfrentados para garantir conectividade significativa, soberania digital e autonomia das comunidades. O impacto social e econômico dessas iniciativas será analisado, com foco em como elas podem criar oportunidades de emprego, fortalecer economias locais e promover inclusão social. A discussão também incluirá a construção de alianças multissetoriais para o desenvolvimento e implementação dessas soluções.

    RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET

    Embora a governança da internet deva assegurar o acesso universal, a realidade mostra que esse acesso é distribuído de forma desigual entre regiões e grupos sociais no Brasil. O painel propõe discutir soluções que vão além da inclusão digital tradicional, destacando redes comunitárias e tecnologias locais como ferramentas para promover a autonomia digital, a preservação cultural e o desenvolvimento social sustentável. A relevância do painel para o Fórum reside em sua proposta de explorar modelos de inclusão que consideram as especificidades das comunidades, incentivando políticas públicas e marcos regulatórios que apoiem essas redes. As comunidades podem se apropriar das tecnologias, criando redes que refletem suas realidades locais, em vez de replicar soluções centralizadas. Essa abordagem está diretamente alinhada com os princípios da governança multissetorial da internet, promovendo a participação de diversos atores e garantindo que a conectividade seja uma ferramenta de desenvolvimento econômico, social e de preservação das identidades culturais. O conceito de conectividade significativa apresentado no painel amplia a visão tradicional da inclusão digital. Ele vai além do simples acesso à internet e foca na construção de uma infraestrutura digital que permita o uso qualificado da internet para melhorar a vida das comunidades, fortalecendo sua soberania digital e autonomia financeira. Ao debater políticas públicas de inclusão digital, o painel traz uma análise crítica das oportunidades e desafios enfrentados na promoção de uma conectividade que seja acessível, horizontal e colaborativa. Dessa forma, o painel oferece uma proposta de governança da internet mais inclusiva e equitativa, focando em soluções que empoderem as comunidades e promovam sua participação ativa na construção de uma internet mais significativa e transformadora.

    FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA

    A participação será estruturada em um formato interativo, promovendo um diálogo dinâmico entre os painelistas de diferentes setores e o público em geral. A moderadora iniciará o debate com uma breve introdução ao tema, destacando suas implicações para áreas como tecnologia, políticas públicas e sociedade civil. Em seguida, lançará uma pergunta inicial a um painelista, que responderá e passará a palavra a outro integrante, formulando uma nova pergunta. Esse ciclo se repetirá, garantindo uma troca contínua de ideias e perspectivas setoriais. Entre as rodadas, o público, tanto presencial quanto virtual, poderá enviar perguntas por meio de dispositivos de votação ou outra plataforma online. A moderadora selecionará perguntas que estimulem uma visão multissetorial e aprofundem a discussão. O formato visa engajar diferentes atores e garantir uma interação colaborativa e enriquecedora para todos os participantes.

    FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA

    Durante o painel, promoveremos sessões de brainstorming, onde os participantes poderão colaborar em tempo real para gerar ideias e soluções inovadoras. A moderação conduzirá essas sessões, utilizando técnicas de design thinking para estimular a criatividade e garantir a participação ativa de todos. Além disso, iniciaremos um documento colaborativo durante o painel, que ficará disponível nos grupos de Telegram e outras redes sociais ao longo do encontro. Assim, tanto os participantes presenciais quanto os online poderão contribuir com sugestões e direcionamentos. Ao final do evento, o documento será fechado, revisado e editado, incorporando as contribuições recebidas. A versão final será compartilhada posteriormente, servindo como referência consolidada para futuras ações em conectividade significativa e tecnologias comunitárias.

    RESULTADOS PRETENDIDOS

    Os principais resultados esperados incluem a criação de um documento colaborativo, com contribuições dos participantes, que consolide propostas e soluções relacionadas à conectividade significativa e tecnologias comunitárias. Esse documento será compartilhado após o evento, ampliando o debate para um público mais amplo. Além disso, espera-se o fortalecimento do debate sobre soberania digital, com foco em iniciativas locais que promovam conectividade significativa de forma sustentável e colaborativa, adaptadas às realidades das comunidades. Outro resultado importante será a identificação de políticas públicas e iniciativas privadas que apoiem o desenvolvimento de redes comunitárias e o avanço tecnológico, respeitando a diversidade cultural e promovendo a autonomia das comunidades. Por fim, o painel buscará fomentar novas parcerias entre governos, sociedade civil e comunidades locais, com o objetivo de implementar soluções tecnológicas autônomas e sustentáveis.

    RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO

    Universalidade

    TEMAS DO WORKSHOP

    DINC – Inclusão digital | IACO – Acesso e conectividade | IACO – Redes comunitárias |

    ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE

    Gênero | Cor ou raça | Região |

    COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE

    A mesa é composta por cinco mulheres (sendo 3 palestrantes, uma moderadora e uma relatora), assegurando a representatividade de gênero. Em termos raciais, 4 das participantes são mulheres pretas, pardas ou indígenas, garantindo diversidade étnica. Também há diversidade regional, com representantes da comunidade local onde o evento será realizado, além de participantes do Norte e Centro-Oeste. A mesa também conta com um representante dos Provedores de Internet da região Sul, que atendem pessoas em áreas rurais e situação de vulnerabilidade pós-catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul. Por fim, o painel possui representatividade da juventude, sendo 4 dos 6 participantes. O conteúdo do workshop colabora ativamente para a diversidade, sendo inteiramente pautado e pensado para expandir o acesso à internet para comunidades vulneráveis, promovendo uma inclusão digital mais justa e sustentável.