Parte I – Sobre proponente e co-proponente
- Proponente
Nome: Instituto Nupef
Estado: Rio de Janeiro
Região: Sudeste
Setor: Terceiro Setor
- Co-proponente
Nome: Conaq - Coordenação Nacional dos Quilombos
Estado: Distrito Federal
Região: Centro-Oeste
Setor: Terceiro Setor
Parte II - Sobre o Workshop
Resumo do workshop
A sessão tem como objetivo dialogar sobre princípios orientadores de políticas públicas que fomentem infraestruturas tecnológicas, de informação e de comunicação que contribuam para fortalecer a resiliência de territórios que enfrentam ameaças climáticas e ambientais, com foco em comunidades quilombolas, indígenas e quebradeiras de coco babaçu nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, a partir de experiências concretas de infraestrutura local e comunitária.
OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP
A sessão tem como objetivo fomentar a reflexão sobre como infraestruturas tecnológicas, de informação e de comunicação podem fortalecer a resiliência de territórios que enfrentam ameaças climáticas e ambientais, com foco em comunidades quilombolas, indígenas e quebradeiras de coco babaçu nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, a partir de experiências concretas de infraestrutura local e comunitária. O objetivo é identificar caminhos para fortalecer iniciativas e políticas públicas que promovam o direito ao acesso universal e seguro à internet para populações em situação de exclusão. A sessão contará com recursos audiovisuais para facilitar a compreensão do tema. Serão destacados aspectos como a importância de desenvolver tecnologias “com” o território, em vez de “para” o território, e a inter-relação entre conectividade, resiliência digital, justiça ambiental e justiça climática. Vale ressaltar que os palestrantes incluem profissionais diretamente envolvidos na implementação de Redes Comunitárias em territórios vulneráveis: um profissional de tecnologia e um jovem quilombola. Essa diversidade de perspectivas enriquecerá a discussão sobre a importância de estratégias seguras de comunicação e conectividade como parte fundamental da construção de resiliência digital e justiça social.
RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET
Esse tema envolve vários pontos ligados à governança da internet, como a convergência comunidades vulneráveis, como quilombolas e outras sob ameaças territoriais e climáticas, tenham acesso contínuo à Internet e controle sobre suas infraestruturas digitais. É essencial criar políticas que assegurem um ambiente digital acessível, seguro e inclusivo. A atividade aborda questões como: A inclusão digital é fundamental para comunidades historicamente marginalizadas, como quilombolas e indígenas, porque promove o acesso universal à internet e garante que possam participar plenamente da sociedade digital. Essa participação pode ser ativa e fortalecer a autonomia no uso das tecnologias. Redes comunitárias oferecem uma alternativa descentralizada de infraestrutura, permitindo que essas comunidades administrem seus serviços e conteúdos locais. A resiliência digital é vital em territórios vulneráveis, garantindo que as comunidades possam enfrentar crises, como desastres naturais, com o apoio de tecnologias de comunicação. Nesses momentos, é importante manter a continuidade e a segurança dos serviços de internet. Além disso, essas populações, que muitas vezes estão excluídas digitalmente, são as mesmas que fazem um grande esforço para preservar biomas e territórios essenciais. Combater as desigualdades no acesso digital contribui diretamente para a preservação da vida e do meio ambiente. Por fim, a governança da internet deve proteger direitos humanos, como privacidade e acesso à informação. Iniciativas como Redes Comunitárias fortalecem a autonomia dessas comunidades, dando a elas maior controle sobre suas tecnologias. Assim, discutir o papel das infraestruturas digitais na resiliência dessas comunidades é essencial para construir uma governança da internet mais inclusiva e justa.
FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA
Pediremos às pessoas palestrantes de cada setor para enviar, por escrito ou em áudio, um parágrafo/resumo sobre suas principais preocupações e considerações em relação ao tema de infraestrutura e conectividade nos territórios e formular, a partir daí, perguntas orientadoras que contribuam para o diálogo entre os setores no dia do workshop. Além disso, a proposta é sair com princípios orientadores para políticas públicas de conectividade, acesso e infraestrutura nos territórios que sejam consensuais entre os setores. Serão relatados e registrados também os dissensos e observações a eles relacionados, mas estamos seguros de que há espaços para construção de consensos também.
FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA
Para envolver mais pessoas a participarem de forma presencial e remota, vamos divulgar as atividades em nossos sites e redes (proponente e co-proponente) e chamar todos os participantes de nossos projetos de formação no Maranhão e Piauí para presenciarem seu colega falar e contribuírem com o debate. Já que temos lidado também com pessoas politicamente vulneráveis e expostas, pretendemos abrir a possibilidade de envio anônimo de perguntas por papel na sua ou link para envio de pergunta anônima. Faremos perguntas orientadoras que poderão ser debatidas pelos palestrantes ou pelo público.
RESULTADOS PRETENDIDOS
Entre os resultados esperados estão o delineamento de prrincípios orientadores para políticas públicas de conectividade, infraestrutura e formação nos territórios onde vivem populações tradicionais e indígenas. Urge a criação de uma agenda positiva multissetorial que leve em conta a diversidade cultural, religiosa e as várias formas de vida comunitária, diferentes da dinâmica urbana predominante nas grandes cidades, Para isso, é importante a troca entre Quilombolas, agentes privados e de Políticas políticas que formulam, organizam ou implementam práticas, bem como o terceiro setor e academia, que promovem estudos e projetos junto com as populações mais necessitadas de infraestrutura e conectividade acessíveis. Jovens envolvidos com o fortalecimento da resiliência digital e a justiça climática, por sua vez, serão sensibilizados para ajudarem numa formulação que encontre raizes nos territórios e faça diferença no médio e longo prazos de comunidades com más condições de acesso.
RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO
Diversidade
TEMAS DO WORKSHOP
DINC – Povos originários e tradicionais | EDU – Formação técnica e tecnológica | IACO – Redes comunitárias |
ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE
Cor ou raça | Região | Idade ou geração |
COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE
A proposta é justamente reunir pessoas com saberes e perspectivas distintos, mas objetivos semelhantes (fortalecer a resiliência de defensores de direitos humanos e ambientais nos territórios, com o apoio de tecnologias e assegurando o direito à comunicação), buscando também um diálogo intergeracional (juntando mentes jovens com perfis mais experientes). A atividade contará com diversidade racial e regional, habitantes de áreas urbanas e rurais. A perspectiva da diversidade visa a desafiar a lógica "one size fits all" para os conceitos e as políticas aplicadas para promover o direito à conectividade.