Parte I – Sobre proponente e co-proponente

  • Proponente

    Nome: Juliana de Freitas Gonçalves

    Estado: Rio Grande do Sul

    Região: Sul

    Setor: Empresarial

  • Co-proponente

    Nome: Paula Guedes

    Estado: Rio de Janeiro

    Região: Sudeste

    Setor: Comunidade Científica e Tecnológica

Parte II - Sobre o Workshop

  • Resumo do workshop

    Muito se fala dos riscos do uso da IA não regulada, especialmente na exclusão de grupos vulneráveis. Porém, a tecnologia tem elevado potencial de atuação em prol da acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, seja ela visual, auditiva, física ou intelectual. Logo, o objetivo central do painel é discutir a IA a partir do princípio da beneficência ao pensar a tecnologia como ferramenta estratégia para a inclusão de pessoas com deficiência em uma sociedade que tende a excluí-las.

    OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP

    Falar em Inteligência Artificial (IA) não é apenas olhar os muitos riscos, mas também avaliar o impacto positivo na solução de diferentes desafios, como os relacionados à acessibilidade, o que abrange tanto deficiências físicas quanto intelectuais. Apesar de ser vista como excludente, a IA pode se tornar uma ferramenta para a inclusão digital. Assim, o objetivo do painel é discutir a Acessibilidade Digital como ferramenta para melhorar designs, plataformas e sistemas tecnológicos, para diminuir as barreiras e dificuldades de pessoas com deficiência, permitindo-as usar todas as tecnologias com autonomia. Isso ressoa com a própria noção de Design Inclusivo, que defende a utilização de um produto, serviço ou espaço por todos. A relação entre acessibilidade e design universal coloca os usuários em igualdade, independente de qualquer deficiência. Infelizmente ainda há poucos avanços no desenvolvimento de tecnologias inclusivas, apesar de ser algo essencial na participação social igualitária. É perceptível a exclusão de pessoas com deficiência em amplos setores da sociedade, como no próprio ambiente digital e nos espaços onde são pensadas as políticas públicas, o que agrava ainda mais os desafios do acesso à Internet, à informação, à cultura, à educação e a tantos outros direitos fundamentais constitucionalmente garantidos. Este painel trará iniciativas e atores chave que usam a IA na construção de uma internet para todos, a partir do lema “nada sobre nós, sem nós”. Abordaremos os desafios de forma transversal, trazendo a importância do debate sobre o tema para produzir questionamentos, discussões e soluções que permitam analisar como o acesso e o uso de TICs por pessoas com deficiência é um debate essencial, principalmente para a formulação de políticas públicas que propiciem uma internet aberta e para todos. A luta é pelo empoderamento dessas pessoas por meio das tecnologias e como a IA pode ser muito importante para tal finalidade - aproximando e não excluindo pessoas.

    RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET

    A acessibilidade está intrinsecamente relacionada ao princípio da universalidade da Internet, um dos pontos chaves dentro do rol de princípios da Governança da Internet, o que leva à defesa da criação de uma internet universal que contribui para a construção de uma sociedade inclusiva e não discriminatória em benefício de todos. As Nações Unidas, na sua Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, também traz a importância da adoção de diretrizes que não deixem “ninguém para trás” no caminho rumo ao desenvolvimento sustentável, incluindo as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e a própria internet. No mesmo sentido, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, a Estratégia de Inclusão de Deficiência da ONU, o Compromisso de Cali e o Tratado de Marraquexe são documentos também importantes que ressaltam a importância dos debates, bem como se tornam marcos de referência institucionais importantes para a criação de uma internet acessível. No Brasil, a acessibilidade e universalidade também estão positivados como princípios importantíssimos através do Marco Civil da Internet, e, na América Latina, se destacam a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas com Deficiência e o Plano de Ação para a Sociedade da Informação na ALC. Portanto, o tema da acessibilidade, especialmente impulsionada pelas novas tecnologias (como a IA), se mostra essencial dentro da Governança da Internet.

    FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA

    O primeiro momento do workshop, com 5 minutos, será de introdução geral do tema pela moderação, para situar e contextualizar a audiência, além de explicar sobre a forma de funcionamento da mesa redonda. Os debates serão organizados em dois blocos. No primeiro, com 45 minutos, a proposta é realizar perguntas específicas a membros de cada setor, de acordo com sua pertinência temática, com respostas de até 5 minutos. Também será dada a oportunidade a outros membros da mesa de responder a essas intervenções, por até outros 3 minutos. Já no segundo bloco, de 35 minutos, será aberta a participação externa de membros da plateia, presentes no evento ou online (via Twitter, chat de Telegram/Signal especificamente criado para o workshop e comentários no live streaming da organização do evento no YouTube) com perguntas que podem ser dirigidas a membros específicos ou a toda a mesa. Os 5 minutos finais serão da moderação para resumo dos principais pontos abordados e fechamento da mesa.

    FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA

    Ao menos duas semanas antes do FIB, mobilizaremos nossas redes sociais para divulgar algumas curiosidades e informações básicas sobre a temática do painel, possibilitando a aproximação entre as pessoas que compõem a mesa daquelas que acompanharão o evento de forma presencial ou remota, inclusive com a possibilidade de envio prévio de perguntas. Isso será feito, por exemplo, por postagens, caixas de perguntas e enquetes no Instagram e outras redes, além da utilização dede ferramentas interativas para convocar a participação do público, como formulários de perguntas, marcando o CGI, Nic.Bre os palestrantes. Tais interações serão mostradas na fala inicial da moderação do painel, o que aproxima ainda mais o público com o conteúdo a ser discutido. Além disso, durante e após o evento, realizaremos postagens sobre os principais pontos abordados no painel de forma resumida, seja por uma thread no X, vídeos no TikTok e YouTube e até mesmo stories e posts orgânicos no Instagram.

    RESULTADOS PRETENDIDOS

    Espera-se promover a conscientização sobre dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência no acesso efetivo à internet e, consequentemente, enfatizar a importância da promoção da universalidade e acessibilidade para todos, destacando o papel facilitador que as ferramentas de IA podem desempenhar. Espera-se que os ouvintes saiam do painel dispostos a auxiliar nesta luta, que deve ser desempenhada não apenas pelas próprias pessoas afetadas, mas também por profissionais técnicos, de design, de comunicação e pela sociedade como um todo, de forma a buscar nossa responsabilidade social no impulsionamento e na inclusão digital de pessoas com deficiência. Buscar-se-á amadurecer o debate e concretizar as soluções, defendendo a redução das desigualdades, especialmente por meio do uso de técnicas de IA que, apesar dos riscos, podem servir como facilitadores da inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência na internet e no contexto de transformação digital, que deve ser inclusiva.

    RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO

    Universalidade

    TEMAS DO WORKSHOP

    DINC – Acessibilidade | DINC – Inclusão digital | NTIA – Inteligência Artificial |

    ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE

    Gênero | Região | Pessoas com deficiência |

    COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE

    Esta proposta busca atender aos critérios de diversidade almejados pela organização do evento por meio de quatro frentes. A primeira é na própria escolha do tema, que tem como eixo central a universalização de acesso e inclusão de pessoas com deficiência no âmbito das TICs, especialmente por meio de IA. A segunda é a paridade na diversidade de gênero entre os painelistas, bem como sua composição, havendo pessoas LGBTQIA+, PDCs, neurodivergentes e que já trabalham no ramo de tecnologias assistivas. A terceira é a representação de mais de uma região geográfica do país na composição do painel (Sudeste, Norte, Sul e Nordeste). A quarta é a diversidade regional na escolha de perguntas prévias para o painel, a fim de conciliar maior pluralidade nos encaminhamentos de questões selecionadas, visto que o objetivo é permitir que o público interaja com os painelistas, inclusive na abertura de possibilidade de impactarem na construção da dinâmica do painel.