Parte I – Sobre proponente e co-proponente

  • Proponente

    Nome: Christopher de Paula Mendes

    Estado: Paraná

    Região: Sul

    Setor: Empresarial

  • Co-proponente

    Nome: Movimento Esperança Garcia

    Estado: Rio de Janeiro

    Região: Sudeste

    Setor: Terceiro Setor

Parte II - Sobre o Workshop

  • Resumo do workshop

    Como a educação popular e as novas tecnologias podem se unir para reconfigurar o cenário das periferias? A proposta desta mesa vai além da simples inclusão digital, questionando quem detém o controle sobre a tecnologia e como as regiões periféricas podem não apenas acessar, mas também criar e adaptar ferramentas tecnológicas. O debate propõe discutir a co-criação de soluções tecnológicas e a subversão de estruturas de poder, promovendo a autonomia tecnológica como forma de transformação social.

    OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP

    O objetivo é promover um debate disruptivo sobre como as novas tecnologias podem ser integradas ao cotidiano das periferias, com foco no empoderamento, soberania digital e uma governança democrática e colaborativa. O intuito é refletir sobre como diversas tecnologias — desde as plataformas digitais e internet até as ferramentas de inteligência artificial — podem ser apropriadas pelas comunidades para subverter narrativas de exclusão e criar novos espaços de autonomia e participação ativa. O princípio central é que a educação popular é a chave para que essas comunidades se envolvam de maneira crítica e consciente no desenvolvimento tecnológico. O debate abordará como tecnologias variadas, quando aliadas a uma governança digital inclusiva e colaborativa, podem se tornar ferramentas estratégicas na superação de desigualdades e na criação de soluções voltadas às necessidades locais. A questão da soberania digital será fundamental, discutindo como as periferias podem assumir controle sobre suas próprias infraestruturas tecnológicas e garantir que essas tecnologias sejam desenvolvidas e utilizadas a partir de seus próprios valores e interesses. A mesa também explorará os desafios e oportunidades da implementação de tecnologias emergentes em contextos vulneráveis, com ênfase na participação ativa das comunidades no desenvolvimento de políticas tecnológicas que gerem novos modelos de organização social. Temas como ética digital, justiça social nas tecnologias e as implicações dessas inovações no futuro das periferias serão debatidos, sempre com um olhar voltado para a emancipação tecnológica e o fortalecimento das redes comunitárias. O objetivo da mesa não é apenas apresentar soluções, mas estimular o pensamento crítico e a construção coletiva de caminhos para o futuro, onde a tecnologia seja utilizada como uma aliada na promoção da justiça social e da soberania das periferias.

    RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET

    A relevância do tema para o debate sobre governança da internet está enraizada em sua abordagem transformadora e participativa de como as periferias podem se apropriar das tecnologias emergentes para moldar seu próprio futuro digital. O tema propõe uma conexão direta entre soberania digital e uma governança democrática e colaborativa, questionando as estruturas atuais que controlam o desenvolvimento e o uso das tecnologias. Ao colocar as comunidades historicamente marginalizadas no centro desse debate, o painel destaca a necessidade de um modelo verdadeiramente inclusivo e representativo das diversas realidades sociais na Governança da Internet. Em um cenário global onde as tecnologias emergentes estão rapidamente redefinindo as esferas sociais, políticas e econômicas, é fundamental que as discussões sobre esses temas considerem o impacto dessas inovações em comunidades vulneráveis. A educação popular, que envolve o aprendizado colaborativo e a construção de conhecimento a partir da vivência e da realidade das próprias comunidades, é um elemento central nessa discussão. Ela capacita as pessoas a entenderem criticamente as tecnologias e a participarem ativamente na definição de suas políticas. Ao incorporar a educação popular como uma estratégia de base, o debate se concentra em como as tecnologias emergentes podem ser integradas com os princípios de soberania digital e governança colaborativa, abordando o desafio da governança da internet de garantir que todos e todas, independentemente de sua localização ou condição socioeconômica, tenham voz e controle sobre suas infraestruturas tecnológicas.

    FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA

    Para garantir a participação multissetorial, a mesa será estruturada de forma a engajar profissionais de áreas como educação, tecnologia, ativismo social e políticas públicas. Desde o início, perguntas norteadoras estimularão as e os participantes a compartilhar como suas áreas conectam os princípios da educação popular e as novas tecnologias, promovendo a troca de perspectivas. Metodologias de diálogo aberto e participativo serão utilizadas, permitindo que cada setor traga sua visão e contribua para enriquecer o debate. A facilitadora orientará a discussão para que os diferentes setores identifiquem pontos de interseção, incentivem colaborações e desenvolvam propostas integradas. Ferramentas interativas, como paineis de ideias e mapeamento de contribuições, garantirão que o público possa participar ativamente para a construção coletiva de soluções que atendam às demandas locais e globais.

    FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA

    A audiência será engajada de maneira interativa e inclusiva, com foco na participação ativa desde o início, a mesa será estruturada como um diálogo aberto, incentivando todos e todas a contribuírem com suas perspectivas em um ambiente colaborativo. Serão feitas perguntas norteadoras para estimular a reflexão sobre a integração das tecnologias com as realidades das periferias. Ferramentas simples de interação, como painéis de ideias ou votações rápidas, serão usadas para capturar e organizar as contribuições em tempo real. A facilitadora irá incentivar o debate coletivo, promovendo um espaço onde as vozes de todos e todas possam ser ouvidas e integradas nas soluções discutidas.

    RESULTADOS PRETENDIDOS

    Pretende-se gerar um conjunto de diretrizes práticas sobre como as tecnologias emergentes, de forma ética e colaborativa, podem ser integradas ao cotidiano das periferias. Como resultado, será elaborada uma cartilha voltada para comunidades e organizações da sociedade civil que atuam com populações vulneráveis, oferecendo orientações sobre o uso dessas tecnologias para promover empoderamento local e autonomia digital. A cartilha também incluirá um mapeamento de possíveis parcerias para a implementação de projetos tecnológicos em regiões periféricas, conectando comunidades com empresas, organizações e iniciativas de inovação. Além disso, pretende-se fortalecer a compreensão da importância de co-criar tecnologias com e para as comunidades, garantindo que elas tenham controle sobre as ferramentas desenvolvidas.

    RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO

    Governança democrática e colaborativa

    TEMAS DO WORKSHOP

    EDU – Capacitação digital | EDU – Formação técnica e tecnológica | QJUR - Soberania de dados e soberania digital |

    ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE

    Gênero | Cor ou raça | Idade ou geração |

    COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE

    A proposta integra e valoriza a diversidade tanto no conteúdo quanto na composição de seus integrantes. No conteúdo, a mesa abordará como as tecnologias emergentes podem ser apropriadas de forma crítica e criativa por diferentes grupos sociais, especialmente aqueles que historicamente enfrentaram marginalização, como as comunidades periféricas e a população LGBTQIA+. Na composição dos palestrantes, a diversidade também se reflete: a mesa contará com três mulheres, incluindo uma travesti e duas mulheres bissexuais, trazendo suas vivências e perspectivas para enriquecer o debate. Além disso, a representatividade regional será garantida, com palestrantes do sul, nordeste e sudeste do país, garantindo a pluralidade de experiências e realidades. Essa diversidade permitirá uma discussão mais ampla e inclusiva, promovendo uma troca de saberes que considera as múltiplas formas de ser, existir e resistir nas diferentes regiões e contextos sociais do Brasil.