Parte I – Sobre proponente e co-proponente
- Proponente
Nome: Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
Estado: Distrito Federal
Região: Centro-Oeste
Setor: Governamental
Parte II - Sobre o Workshop
Resumo do workshop
Quais são os desafios e as possibilidades de defender os direitos das crianças nas redes sociais? Este painel vai debater como essas plataformas são um dos principais espaços nos quais pessoas e organizações podem defender direitos – mas não sem desafios. O uso das redes sociais demanda que ativistas, em especial jovens e adolescentes, precisem se adequar (ou subverter) às lógicas de conteúdo para amplificar suas vozes e conseguir mobilizar o público em prol dos direitos humanos.
OBJETIVOS E CONTEÚDOS DO WORKSHOP
O painel pretende promover uma conversa com pessoas cuja atuação se dedica a defender e promover direitos humanos nas redes sociais e na Internet sobre os desafios e as oportunidades envolvidos nessa atividade. Particularmente, o workshop vai abordar as possibilidades encontradas por estes atores na transmissão e disseminação de mensagens favoráveis aos direitos humanos na Internet e nas estratégias usadas para o engajamento e a influência de diferentes públicos em prol dos direitos de crianças e de adolescentes. Também abordaremos como é essencial amplificar a participação de adolescentes e jovens como esses defensores, fortalecendo sua participação e sua capacidade de influência nas redes sociais. Uma vez que a lógica de produção de conteúdo para redes sociais impõe desafios – e até impasses - à intenção de influenciadores digitais ou de ativistas ao defender direitos humanos, o painel pretende debater e apresentar possibilidades encontradas para utilizar, contornar ou refutar as tendências e a desinformação presentes nessas plataformas ao realizar influência digital pelos direitos da infância e da adolescência. Algumas perguntas balizadoras para o debate deste workshop são: quais são os avanços e os retrocessos que o ativismo por direitos nas redes sociais trouxe para os direitos humanos no Brasi? Quais são as estratégias possíveis para que defensores de direitos humanos consigam levar suas mensagens a diferentes públicos, em vez de “pregar para convertidos”? Como é preciso desenhar o conteúdo para se adequar ao espaço digital? Esse ajuste é positivo para o alcance final da defesa de direitos ou, na verdade, traz outras problemáticas? Como é possível dar mais espaço a defensores de direitos de diferentes contextos e identidades, inclusive dando protagonismo aos próprios adolescentes e jovens na defesa de seus direitos? Como a relação entre produção de conteúdo e de publicidade online afeta a defesa de direitos?
RELEVÂNCIA DO TEMA PARA A GOVERNANÇA DA INTERNET
Este painel terá como enfoque uma problemática relacionada ao uso sociocultural da Internet. Reivindicações de direitos existem desde o princípio da organização da sociedade humana, mas a modernidade e, posteriormente, o desenvolvimento e crescimento da Internet impuseram mudanças, conflitos e aprendizados às pessoas e organizações que o fazem em redes e plataformas online. Trata-se de um debate, portanto, sobre como esse cenário transformou uma atividade relevante e com impacto direto na capacidade social de promover e conquistar direitos. A lógica de produção de conteúdo adotada por empresas que controlam redes sociais e plataformas de entretenimento é a base para as estratégias que defensores de direitos precisam adotar para alcançar e convencer as pessoas sobre os direitos humanos, inclusive os direitos da infância e da adolescência. Ainda assim, nosso objetivo não é de se concentrar na chamada “camada lógica” deste tema, abordando como construções algorítmicas levam a estas estruturas digitais. Mas, sim, de manter o debate ao nível das ações adotadas pelos usuários - onde se encaixam, para conceito deste painel, tanto os defensores de direitos humanos quanto as pessoas que consomem e interagem com eles –, debatendo de que forma as estratégias usadas diante ou dentro dessas plataformas realmente os auxiliam no alcance de seus objetivos de defesa de direitos.
FORMA DE ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA MULTISSETORIAL PROPOSTA
O painel será composto por 3 blocos de conteúdo. No primeiro, será realizada a introdução ao tema e o convite à participação da audiência. Também serão apresentados os painelistas e participantes do painel. Já a partir do segundo bloco, iniciaremos o debate com uma pergunta direcionada a cada um dos painelistas, que terão até 8 minutos para darem suas contribuições iniciais. Após este momento, daremos início ao terceiro bloco, quando iremos priorizar a participação da audiência. Neste momento, iremos convidar os presentes, e a audiência online, a responder à pergunta colocada no primeiro momento do painel, e os painelistas e moderador terão a oportunidade de dialogar, respondendo ou comentando sobre o que foi colocado pela audiência. O terceiro bloco terá a duração de aproximadamente 30 minutos. O painel será, então, encerrado com apresentação de um resumo das estratégias e consensos obtidos pela moderação.
FORMAS DE ENGAJAMENTO DA AUDIÊNCIA PRESENCIAL E REMOTA
O painel irá incentivar a participação da audiência desde o primeiro bloco do painel, a partir da pergunta “o que você faria para defender direitos na rede social, se fosse (...)?”, que será introduzida pelo mediador desde o primeiro bloco, e será complementada por quatro grupos, que representam os setores/perfis dos quatro painelistas do workhop: se fosse... a) uma grande organização de direitos humanos, b) uma jovem ativista indígena, c) chefe em uma agência de influência digital e d) uma pesquisadora. Iremos disponibilizar post-its de quatro cores diferentes, que serão posicionados anteriormente, e de forma aleatória, nas cadeiras do evento. O objetivo é que esta pergunta guie a interação com a audiência online e presencial no terceiro bloco, quando a resposta a essa pergunta poderia ser compartilhada pelos presentes e dialogada em conjunto com os painelistas. Também haverá formulário online para aqueles que queiram enviar suas sugestões de forma remota.
RESULTADOS PRETENDIDOS
O painel busca gerar um compilado de ferramentas e de estratégias que podem ser usadas por pessoas e por organizações para promover a defesa dos direitos humanos nas redes sociais. Nosso objetivo é que a audiência, e até os próprios participantes, possam compreender quais são as boas práticas já utilizadas para fazer avançar esse tema, assim como entender como solucionar problemas comuns encontrados ao longo do workshop. Um dos principais resultados esperados é que as soluções e estratégias apresentadas possam ser colocadas em prática, considerando contextos e situações distintas - não só pelos painelistas, mas também por pessoas que estejam na audiência e enfrentem o mesmo contexto. Também pretendemos que o workshop gere uma mudança na percepção sobre conteúdos de direitos humanos nas redes sociais, inclusive com uma maior sensibilização aos temas específicos ligados a direitos e a adoção de uma perspectiva mais positiva à defesa de direitos, dentro e fora das redes sociais.
RELAÇÃO COM OS PRÍNCIPIOS DO DECÁLOGO
Liberdade, privacidade e direitos humanos
TEMAS DO WORKSHOP
DINC – Crianças e Adolescentes | ISCI - Direitos sociais, econômicos e culturais | ISCI – Internet e o Desenvolvimento Sustentável |
ASPECTOS DE DIVERSIDADE RELEVANTE
Gênero | Cor ou raça | Idade ou geração |
COMO A PROPOSTA INTEGRARÁ OS ASPECTOS DE DIVERSIDADE
Como a proposta tem foco na defesa de direitos de crianças e de adolescentes, adotaremos uma perspectiva inclusiva para pessoas jovens, as priorizando entre os participantes de nosso painel. Assim, esperamos destacar como a problemática-tema afeta pessoas e organizações no geral, mas incide ainda mais sobre os jovens, incluindo adolescentes. Esses desafios também têm um impacto desproporcional em defensores de direitos e em criadores de conteúdos racializados. Por isso, a presença de pessoas de diferentes raças (branca, negra e indígena) em nosso painel pretende provocar um debate mais assertivo a todas as realidades brasileiras. Também contaremos com diversidade regional para retratar um cenário o mais fiel possível às realidades do Brasil. Nosso objetivo é agregar, por meio dos critérios de diversidade, uma gama distinta de olhares e percepções, ao mesmo tempo em que damos protagonismo concreto às pessoas mais impactadas pelo sucesso – ou não - da defesa de direitos nas redes so