salvador
São Paulo
A proposta é discutir as ações especificamente voltadas para promoção de bem-estar e saúde mental no contexto da intensificação do uso da Internet durante o período de afastamento físico vivido durante a pandemia da COVID-19. Com milhões de brasileiros trabalhando, estudando, fazendo esportes, compras e mantendo os laços sociais com a mediação das tecnologias de comunicação, refletiremos sobre lições aprendidas no âmbito da promoção do bem-estar no contexto digital.
O intenso uso da Internet por crianças e adolescentes no Brasil tem gerado inúmeras ações de educação e conscientização para uso seguro, saudável e responsável da Internet, tema presente em quase todas as edições do Fórum da Internet no Brasil e nas pesquisas do CETIC.br. Considerando a excepcionalidade do contexto de isolamento físico das pessoas durante a pandemia, observamos a intensificação de antigos desafios sobre a mediação para uso positivo da Internet e o surgimento de novas demandas para garantir relações saudáveis e a saúde emocional com as tecnologias digitais. Podemos considerar que a pandemia gerou a experiência de confinamento, isolamento físico, mas não necessariamente de isolamento social. Mesmo antes da pandemia, os indicadores da TIC Kids Online 2018 já apontam considerável volume de acesso a conteúdos sensíveis e auto-dano. O isolamento físico imposto em centenas de cidades fez com que milhões de pessoas inseriu a Internet em atividades até então não mediadas, impuseram uma presença online de pessoas que faziam apenas usos esporádicos e intensificaram os usos daqueles já conectados. As desigualdades nas formas de acesso e de letramento digital parecem intensificadas, ampliando a vulnerabilidade de determinados grupos, aspecto que será debatido na mesa de forma transversal. O objetivo desta mesa redonda é promover uma reflexão multissetorial sobre bem-estar e saúde mental na Internet neste contexto de pandemia, trazendo exemplos de iniciativas que foram geradas para lidar com: impactos do excesso de informação e da desinformação na saúde mental, estratégias de mediação parental para equilibrar os usos da Internet por crianças; uso das redes sociais digitais para oferecer apoio emocional; e novas questões de privacidade e vigilância. Propomos uma discussão que agregue as perspectivas de pesquisadores, empresas de Internet, órgãos públicos e projetos da sociedade civil, com foco em um debate propositivo e equilibrado que traga lições aprendidas.
Considerando: A singularidade da experiência do confinamento e a vivência coletiva de novas rotinas de uso da Internet, considerando os princípios de liberdade e direitos humanos do decálogo do CGI.br; os princípios do Marco Civil da Internet; a demanda por ações de educação e conscientização previstas no Art. 26 do MCI; a recém instituída Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (Lei nº 13.819/2019); a crescente importância do debate sobre bem-estar e saúde emocional no contexto digital; o anseio por novas regulamentações da Internet para lidar com conteúdos sensíveis relacionados à saúde mental e bem-estar na Internet; e a necessidade de uma abordagem multissetorial e plural para evitar o determinismo tecnológico, esta mesa nos parece relevante para dar visibilidade a abordagens não deterministas que respeitem a complexidade do tema. Apostamos que o debate deste tema no contexto da Governança da Internet pode oferecer perspectivas de trabalho, visões e propostas muito relevantes para as políticas públicas e intervenções nas áreas da educação e da saúde, geralmente muito desconectadas, e que a excepcionalidade da pandemia gere lições duradouras sobre as rotinas digitais sem alimentar mais pânico moral.
A mesa será organizada em um bloco contínuo com questões disparadoras a serem feitas pelo moderador. Cada participante terá até 10 minutos para uma apresentação sucinta de como abordam o tema na perspectiva de seus setores para que haja um panorama multissetorial das ações realizadas no contexto da pandemia da COVID-19. O que apontam os indicadores das pesquisas sobre uso da Internet no Brasil neste contexto? Como lidar com a desinformação na Internet no contexto da Covid-19s? Como as redes digitais podem conectar quem está vulnerável com canais de ajuda online? Quais respostas foram criadas pelas grandes plataformas digitais no âmbito do bem-estar? Como repensar, no campo da saúde mental, as rotinas de uso para além do tempo de tela? Como a própria Internet pode ser apropriada pelas políticas públicas e projetos de intervenção para promoção de bem-estar?
Bloco de perguntas - 15 minutos para público, intercalando 1 questão dos presentes com questões dos participantes remotos, quando houver. A proposta é usar uma # que identifique o Workshop na agenda do Fórum e que possa facilitar a coleta das intervenções remotas. Para facilitar a compilação de questões, para além da abertura do microfone serão coletadas questões por escrito para que possam ser agrupadas pela moderação e ampliar o número de contemplados.
Apostamos que o debate deste tema no contexto da Governança da Internet pode oferecer perspectivas de trabalho, visões e propostas muito relevantes para as políticas públicas e intervenções nas áreas da educação e da saúde, mesmo após a pandemia. O debate poderá o registro de recomendações, críticas e sinalizações de pontos emergentes pelo público participante e pelos painelistas. O material pode servir de apoio aos debates regulatórios e programas educativos sobre o tema bem-estar e agregar planos de ações para eventuais novas pandemias, articulando com projetos em torno do Art. 26 do MCI.O debate poderá o registro de recomendações, críticas e sinalizações de pontos emergentes pelo público participante e pelos painelistas.
Bem-estar e saúde
diversidade regional, de gênero e de perspectivas.
UF |
SP |
Organização |
Ministério Público Federal |
Setor |
Governamental |
Mini biografia
Procuradora da república, Coordenadora do Grupo de Apoio ao Combate aos Crimes Cibernéticos da 2ª CCR (Câmara de Coordenação e Revisão) do Ministério Público Federal (MPF).
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UF |
SP |
Organização |
Instituto Vita Alere |
Setor |
Terceiro Setor |
Mini biografia
Cofundadora, coordenadora e responsável técnica do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio. É psicóloga e psicoterapeuta, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP com a tese “O Suicídio é um Problema de Todos: A Consciência, a Competência e o Diálogo na Prevenção e Posvenção do Suicídio. Facilitadora de grupos de apoio aos sobreviventes do suicídio.
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UF |
SP |
Organização |
CETIC.br |
Setor |
Comunidade Científica e Tecnológica |
Mini biografia
Possui graduação em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade de São Paulo(2015) e mestrado em Programa de Pós Graduação em Gestão de Políticas Públicas pela USP LESTE(2018). Atualmente é líder da Pesquisa TIC Kids Online do CETIC.br
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UF |
SP |
Organização |
Facebook |
Setor |
Empresarial |
Mini biografia
Safety & Well-Being Manager | Latam - Facebook. Graduada em Direito pela Universidade de São Paulo, mestre em Direito pela Universidade de Brasília e mestre pela Universidade de Harvard.
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UF |
BA |
Organização |
SaferNet Brasil |
Setor |
Terceiro Setor |
Mini biografia
Diretor de Educação da SaferNet Brasil. Coordena ações de promoção do uso consciente e responsável da Internet, formações de multiplicadores e o Safer Internet Day no Brasil. Doutor em psicologia social e pesquisador pós -doutorando na área de interações sociais e privacidade nos ambientes digitais no PPGPSI e GITS - UFBA. Membro do Grupo de especialistas da TIC Kids Online e TIC Educação.
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UF |
PR |
Organização |
SaferNet |
Setor |
Terceiro Setor |
Mini biografia
jovem multiplicador engajado em ações de educação para cidadania digital e governança da internet.
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